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O mundo imaginado por Benson (Robert Hugh) — uma hipérbole a partir dos erros que ele então já enxergava — caminha rumo ao autoritarismo de um governo mundial, onde as liberdades individuais são suprimidas por meio da imposição de regras de conduta e de uma nova moralidade. Certamente, Benson jamais imaginou que o seu romance chegaria, no início do século XXI, a se tornar tão realista.
Na obra, uma iminente guerra ameaça a paz universal, situação que permite a um jovem desconhecido ganhar popularidade em todo o mundo. Ele aspira a ser cultuado pelo humanismo de uma falsa religião global, que exclui e criminaliza toda e qualquer expressão que ainda possa existir de uma espiritualidade verdadeiramente transcendente. Trata-se, portanto, do advento do anticristo. Permanece ainda, porém, algo da tradição que construiu o Ocidente: a Igreja Católica, que, embora em meio a uma crise, se apresenta como a única resistência frente ao totalitarismo.